Cartazes de Abril
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Parte da história do 25 de Abril foi escrita nas paredes. A arte saiu à rua ainda ia a meio o dia 25 de Abril de 1974. Uma explosão de cor e de mensagens marcaram a rutura com os tempos da censura e da repressão ditatorial, nos meses que se seguiram quem cantava, escrevia, pintava, representava, filmava, grafitava ou desenhava, aproveitou a liberdade como nunca.
As paredes das cidades foram invadidas por cartazes que se sobrepunham em camadas de várias formas, cores, texturas, numa sucessão de mensagens políticas e palavras de ordem. Os cartazes transformaram-se numa das mais poderosas ferramentas de comunicação às massas.
Numa primeira instância, a prática do cartaz motivou a adesão de diversos artistas plásticos, como Vieira da Silva, João Abel Manta, Vespeira, entre outros. No entanto, à medida que os partidos começam a desenvolver uma estética individualizada, a sua participação torna-se cada vez mais diminuta e dá lugar à proliferação do cartaz anónimo.
A eleição para a Assembleia Constituinte de 25 de abril de 1975 e, depois para as primeiras eleições realizadas ao abrigo da nova Constituição, a 25 de abril de 1976, precipitou os partidos para uma ativa propaganda política. A publicação de cartazes com uma identidade gráfica e aposta de cores rapidamente identificáveis, torna-se no seu principal veículo de comunicação e informação.
Coleção de cartazes
O arquivo pessoal de Joaquim Santos Simões, custodiado pelo Arquivo, possui uma coleção de cerca de 180 cartazes de diversas tipologias, formatos e áreas temáticas. Selecionamos alguns alusivos ao 25 de abril, uns realizados por artistas plásticos outros de cariz político/partidário.
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