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Artigo

Da pele se faz ofício: correeiros, sapateiros, seleiros e dos demais que trabalham o couro na Guimarães Medieval

Data:
2022

Autor(es):

Resumo:
O presente estudo incide sobre a importância dos couros na atividade económica e social vimaranense nos séculos XIV e XV. Relevar-se-á o papel do Rio de Couros e da zona envolvente, mormente a Rua de Couros, como centro nevrálgico de toda a “indústria” de curtumes. Importa, desde logo, perceber quem eram os detentores dos pelames, covas, aloques e lagares, onde a pele era preparada, e ver o papel dos mesteirais na procura e gestão desses meios de transformação. Procurar-se-á estabelecer uma correlação entre este espaço, onde a curtimenta perduraria por séculos, e o peso e abrangência desta atividade na Guimarães medieval, à qual múltiplos mesteres e mesteirais estavam associados, quer os que se envolviam diretamente no tratamento e transformação das peles, quer aqueles que usufruíam do couro como matéria-prima essencial para o desenvolvimento da sua atividade laboral. Excluiremos desta abordagem os carniceiros, por integrarem uma fase antecedente ao processo e se tratar de pele viva, mas falaremos de outros oficiais, cujo trabalho estava diretamente relacionado com o couro, desde a preparação e tratamento da pele até à sua utilização final nas diversas oficinas. Centrarnos-emos, assim, nos peliteiros, correeiros, sapateiros e seleiros, sem esquecer outros mesteirais que contactavam e utilizavam o couro, mesmo que de forma pontual, porque não podemos omitir a sua constante e relevante presença em múltiplos objetos do quotidiano, desde o calçado às armas, aos arreios e apetrechos. Procuraremos identificar alguns desses mesteirais, bem como os locais onde exerciam o seu trabalho. Tentaremos perceber, a partir do levantamento da quantidade de mesteirais que se dedicam a alguns desses ofícios, o impacto dessas atividades na comunidade e de que modo se manifesta na economia local, em determinados períodos específicos. Existem, naturalmente, outros agentes importantes ligados a esta “indústria”, nomeadamente os mercadores, que têm um papel importante na comercialização das peles e, por isso, também serão referenciados.

Palavras-chave:
Couros, Guimarães, Idade Média, Mesteres

Tipo:
Artigo

URI:

ISSN:
2184-8920

Publicação:
Revista Afonsina 2022
Mesteres e Mesteirais na Idade Média

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1.98MB
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