O Dogma da Imaculada Conceição foi definitivamente instituído em 1854 pelo Papa Pio IX, através da bula Ineffabilis Deus. Este reconhecimento deriva já de uma longa tradição devocional, para a qual contribuiu a ação da Ordem Franciscana e a proclamação da Imaculada como patrona e Rainha de Portugal pelo rei D. João IV, nas Cortes de 1646.

As capelas sob esta invocação, bem como as imagens religiosas produzidas ao longo dos séculos nos mais variados suportes, são o reflexo da grande devoção e defesa da conceção sem pecado de Maria. No contexto vimaranense destaca-se a Capela de Nossa Senhora da Conceição em Azurém. Na nave deste espaço sacro conserva-se o teto em caixotões com passagens da vida da Senhora, que justificam a escolha de Maria para carregar no Seu Ventre o Verbo.

O presente artigo procura analisar esta obra, enquadrando-a no espaço sacro e relacionando-a com o estudo da imagem em contexto.