República na Cidade

A preocupação municipal com a construção de um bairro operário atravessa todo o período republicano. Em 11 de Novembro de 1910, a vereação solicita ao governo o terreno outrora destinado a Escola Industrial, o Campo do Preposto, com essa finalidade. Em 1916, a localização apontada para o bairro é de um arruamento entre a rua José Sampaio e a rua Serpa Pinto, que substituiria a Travessa da Fraga, onde seriam construídas cinquenta e oito casas, uma escola e um balneário. O desenho era do arquiteto José Luís Ferreira, discípulo de Marques da Silva. Em 1924, a intenção surge de novo, agora enquadrada no Plano de Alargamento da Cidade, que contemplava também uma nova Praça Municipal e os novos Paços do Concelho. No Estado Novo, o projeto do bairro operário foi abandonado e substituído pelo de um bairro económico.




A Comissão Municipal propõe a construção de um bairro operário no Campo do Preposto.





Planta geral do bairro para construção de casas baratas. Assinado pelo arquiteto José Luís Ferreira.





Projeto da expropriação de terrenos, terraplanagens e obras de arte necessárias para a construção de um bairro para casas baratas destinado às classes pobres, entre as ruas José Sampaio e Serpa Pinto. Assinado pelo arquitecto José Luís Ferreira.





Projeto para a construção de 23 casas entre o Largo dos Trigais e a avenida a construir, entre as ruas José Sampaio e Serpa Pinto. Planta assinada por José Luís Ferreira.





A Comissão Executiva aprova a construção um bairro económico que garanta aos pobres e remediados um abrigo higiénico e confortável.